terça-feira, 29 de setembro de 2009

Por uma UnC mais universidade - 14

Conselho Curador da Fundação UnC-Caçador está às escuras

Aproxima-se a almejada “hora da verdade” para a Fundação UnC-Caçador manifestar-se sobre o processo total de unificação acadêmica – pedagógica e administrativa – da Fundação Universidade do Contestado (FunC) e da Universidade do Contestado (UnC), com a simplificação dos procedimentos pedagógicos, gerenciamentos administrativos e a unificação patrimonial, conforme os procedimentos jurídicos que vêm norteando todos os setores envolvidos na nossa Universidade do Contestado.
Providência praticamente idêntica foi tomada já há alguns anos atrás pela Universidade do Oeste Catarinense – UNOESC, quando as unidades de Joaçaba, Videira e Chapecó, e depois as de Xanxerê, São Miguel d’Oeste, Fraiburgo, Capinzal e outras, uniram-se todas em função de uma só instituição... com o sucesso que está aí a olhos vistos.
Todos os demais parceiros de Caçador já se manifestaram favoráveis à adesão ao novo modelo proposto à luz da legislação para a UnC. As comunidades de Curitibanos, Mafra, Canoinhas e Concórdia, trazendo consigo Papanduva, Seara, Porto União e Rio Negrinho, já se pronunciaram oficialmente pelo “sim”, ou como é apregoado, pela “unificação já”. Todos querem uma universidade unida, fortalecida, eficiente e respeitável.
Não há dúvidas que as mudanças radicais previstas para a estrutura de administração da entidade mantenedora provocarão conseqüências em cascata na entidade mantida. Daí porque, o que vier a ocorrer com a “unificação administrativa” da FUnC resultará em profundas alterações na UnC.
O modelo de unificação administrativa proposto para o complexo UnC pela 25ª Promotoria de Justiça da Capital, que está à frente dos trabalhos desde o ano passado, do ponto de vista educacional não é lá aquelas coisas. É inegável que a proposta do Ministério Público contém um plano jurídico que colocará a UnC “dentro da lei” com relação aos procedimentos econômicos, financeiros e patrimoniais; entretanto, alguns fundamentos histórico-filosóficos que regem a educação superior, poderiam ter sido melhor contemplados nas discussões. Mas, se não o foram agora, o serão depois, seguramente.
Em Caçador, a grande maioria dos envolvidos na Fundação UnC e no Campus da UnC já se manifestaram pela unificação. E nem poderia ser diferente. A não adesão de Caçador ao novo modelo significaria a exclusão da Fundação UnC-Caçador da Universidade do Contestado. Já tratamos deste assunto em outras crônicas.
Entretanto... e sempre há um porém nas histórias...
O ABACAXI da tomada de decisão semi-final foi colocada nas cabeças dos ilustres membros do Conselho Curador, que se reunirão nesta quarta-feira 30 de setembro, para analisar (com sabedoria) a questão. Ao final desta reunião espera-se que este conselho emita um parecer, que será levado à Assembléia Geral, onde ali, menos de cem pessoas, representantes da sociedade local, tomarão a decisão final do futuro de Caçador na UnC.
Acontece, amigos, que as informações sobre os problemas, sobre as discussões, sobre as idéias, sobre os projetos, sobre os trabalhos, sobre as decisões, foram simplesmente SONEGADAS por dirigentes da Fundação UnC-Caçador, no decorrer do tempo, aos membros deste honorável Conselho Curador. Aqui, tudo ficou às escuras.
Em sendo assim, a 30 de setembro, o Conselho Curador da Fundação UnC-Caçador, especificamente convocado para este fim, deverá se manifestar sobre o rumo que a Instituição poderá seguir, sem que os membros deste conselho tenham tido a oportunidade de estudar, com tempo hábil, previamente, todas as implicações que a decisão final venha a ter. A Assembléia Geral da Fundação UnC-Caçador, ainda em março, indicou um seu representante para acompanhar todo o processo. Esperava-se que este “representante eleito” participasse dos trabalhos, o que não fez. Omitiu-se. Agora, simplesmente joga a “batata quente” para outras esferas.
Isso é um absurdo! Ou como diria Boris Casoy, na TV Bandeirantes, “isso é uma vergonha”!!!

Nilson Thomé, 29/09/2009.

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