quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Por uma UnC mais universidade - 10

A UnC-Caçador entra no momento do “você decide!

Soubemos que o Ministério Público do Estado de Santa Catarina, representado pela 25ª Promotoria de Justiça, em reunião da Comissão de Dirigentes do complexo UnC, realizada em Florianópolis no dia 22 de setembro, tomou a decisão de determinar à Fundação UnC-Caçador que realize sua derradeira Assembléia Geral até o dia 9 de outubro de 2009, com a manifestação final sobre o processo de unificação administrativa da entidade mantenedora da Universidade do Contestado – em reunião à qual, mais uma vez, constatou-se a ausência do representante legal eleito em março p.p, por esta Assembléia de Caçador para participar das reuniões (às quais não comparece e/ou manda prepostos comparecerem no seu lugar) esfera onde há meses se discutem e se decidem os passos institucionais rumo à simplificação dos procedimentos administrativos da UnC.
Todas as parceiras no empreendimento, a Fundação UnC-Curitibanos, a Fundação UnC-Concórdia, a Fundação UnC-Canoinhas e a Fundação UnC-Mafra, representadas pelas suas autoridades municipais, lideranças políticas, representantes de comunidades, alunos, professores, funcionários, já realizaram suas respectivas assembléias e aderiram ao processo em curso, que optou por unificar administrativamente a UnC, da mesma forma como ela já é unificada pedagogicamente desde 1990.
Dirigentes da Fundação UnC-Caçador – da parte administrativa – que estão no poder desde maio de 2006, estão arrastando o processo de simplificação administrativa há um bom tempo, esquivando-se do diálogo franco e aberto com seus parceiros, deixando de comparecer às reuniões do grande grupo, e mantêm esta postura de fugir às responsabilidades sob a alegação de que os outros não querem aceitar as sugestões (sic) de Caçador, a maioria das quais tem sido encaradas como absurdas e sem cabimento.
Afirmar para os caçadorenses que, com a UnC unificada, poderá haver aumento de mensalidades escolares, fim da filantropia, saque de patrimônio, desvio de recursos, perda de autonomia universitária e outras besteiras do gênero, é uma estratégia nitidamente terrorista de dirigentes, que desde a última semana passaram a usar instrumentos de força e de coerção contra a comunidade acadêmica, pressionando direta e indiretamente a alunos, funcionários e professores – que constituem a UnC na sua essência – e a disseminar inverdades junto aos membros da sociedade que compõem o Conselho Curador e a Assembléia Geral de Caçador, com o objetivo de obter maioria nestes conselhos... para que Caçador rejeite a unificação.
O Conselho Curador e a Assembléia Geral da Fundação UnC-Caçador gozam de relativa autoridade estatutária sobre a Instituição. Relativa, pois a Constituição Federal determina que cabe ao Ministério Público velar pelas fundações, sejam públicas ou privadas. As atribuições de curadoria, de zelo, de acompanhamento e até de fiscalização, concedidas pela Carta Magna aos promotores de justiça, têm seus fundamentos constitucionais.
Mesmo assim, entendemos que os poderes públicos, incluindo as promotorias de justiça, de bom alvitre poderiam respeitar as decisões democráticas, desde que estas decisões não resultem em prejuízo social. No nosso caso particular – de Caçador – o Ministério Público poderia acolher a vontade que, parece-nos, seria ela soberana e representativa da maioria da sociedade caçadorense.
Se dirigentes administrativos da Fundação UnC-Caçador, trabalhando nos bastidores como já estão, forem mais espertos do que a comunidade acadêmica (professores, alunos, funcionários e boa parte da população envolvida na UnC), convencendo os membros do Conselho Curador e da Assembléia Geral de que a instituição caçadorense deva se posicionar contra sua continuidade na UnC, certamente tirarão a carta da manga e, na mesma hora – até 9 de outubro – apresentarão uma alternativa aceitável, viável, favorável e recheada de justiça social.
Em nossas crônicas, temos tentado ponderar e chamar nossa comunidade caçadorense à compreensão do que ocorre. Isso implica em termos o direito de perguntar: Se por 4x1 a UnC regional já se decidiu pela unificação administrativa, então, o que resultaria em caso contrário, ou o que significaria para Caçador a Fundação UnC-Caçador manifestar-se ou decidir-se pelo “NÃO” ao processo de simplificação?

Acesse: http://nilsonthome.blogspot.com/ - Nilson Thomé, 24/09/2009.

Um comentário:

  1. caro Nilson, é triste percebemos que a educação em nosso municipio se tornou moeda de troca para a defesa de interesses de classes inóculas!

    Temos pois, que tentar ao máximo vincular essas notícias informativas ( citos seus textos) para tentar desfazer a hegemonia dominate de mentiras falaciosas que estão vinculando pela mídia nos últimos dias!

    Abraços
    Evelyn - Centro Academico de Direito da UnC caçador

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